Irecê é um município brasileiro do estado da Bahia. Está localizado na região setentrional da Chapada Diamantina e mesorregião Centro-Norte do estado. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2024, era de 78 425 habitantes.[8]
Na hierarquia urbana do Brasil, desempenha o papel de Centro Sub-Regional A, exercendo, formalmente, influência similar a de municípios como Guanambi, Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Teixeira de Freitas em suas respectivas regiões da Bahia, estando à frente de municípios como Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa e Porto Seguro, mas atrás de municípios como Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Itabuna, por exemplo.[9]
Além disso, é sede do Território de Identidade de Irecê, popularmente conhecido como "Região de Irecê", demarcação formulada pelo Governo da Bahia, que compreende 20 municípios unidos por identidade, coesão social, cultural e territorial.[10]
Logo, apesar de possuir cerca de 78.000 habitantes, Irecê funciona como um verdadeiro polo regional, exercendo funções típicas de cidades com duas ou três vezes mais população. A cidade atende a uma população estimada em mais de 400 mil pessoas distribuídas pelos 20 municípios do Território de Irecê , oferecendo comércio diversificado, serviços de saúde, educação, lazer e infraestrutura urbana.[11]
História
Até o século XVII, o interior da Bahia era habitado pelos índios aimorés, também chamados de botocudos.[12] Nesse século, a região atualmente ocupada pelo município foi doada pelo rei de Portugal sob a forma de sesmaria para Antônio Guedes de Brito. Em 21 de fevereiro de 1807, João de Saldanha da Gama Mello Torres Guedes de Brito, descendente de Antônio, vendeu uma parte da sesmaria, chamada de Barra de São Rafael, para Filipe Alves Ferreira e Antônio Teixeira Alves. Uma parte de Barra de São Rafael era conhecida como Lagoa das Caraíbas ou Brejo das Caraíbas.[13]
Até 1896, a região era conhecida como Carahybas. Nesse ano, por sugestão do tupinólogo Teodoro Sampaio, o nome foi mudado para Irecê, nome indígena que, segundo Teodoro Sampaio, significaria "pela água, à tona d'água, à mercê da corrente". No entanto, segundo o tupinólogo Eduardo Navarro, o nome está incorretoː segundo ele, em tupi antigo, "pela água" seria 'y rupi, e não 'y resé.[14] Em 1906, foi criado o distrito de paz de Caraíbas, subordinado à subdelegacia de polícia de Morro do Chapéu.[13]
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